
alice dote (1992, fortaleza/ce) é artista visual e pesquisadora.
na pintura a óleo, no desenho, na gravura, tem desenvolvido uma produção de matriz autobiográfica, na simultaneidade da mulher e da criança, da cidade e da casa, do desejo e da morte, de eros e tânatos.
entre memória e ficção, uma escrita de si abre-se a outras mulheres possíveis. também se interessa pelo erotismo como procedimento, pesquisando múltiplos gestos e superfícies de envolvimento com a carne da imagem.
numa multiplicidade de linguagens, se dedica aos atravessamentos entre um cada vez maior repertório de gestos e visualidades, convocados por um pequeno, mas explorado à exaustão, repertório de motivos — o autorretrato; a sexualidade e o erótico; o tempo, a morte e a ausência.
sua produção e pesquisa também se voltam à cidade, área de interesse desde 2017, quando da criação do coletivo narrativas possíveis (@narrativaspossiveis).
pesquisadora em antropologia urbana, e mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia da Universidade Federal do Ceará (PPGS/UFC), com a pesquisa “Cidade Caminhante: escritas urbanas e outras feituras com imagens no Centro de Fortaleza/CE” (cidadecaminhante.tumblr.com).

fotografia de Igor de Melo, 2025

revista Marie Claire (jun/jul 2023)
participação na matéria "Arte como Antídoto", texto de Manuela Azenha, fotos de Flora Negri e produção de Vandeca Zimmermann.

fotografia de Igor de Melo, 2025
em 2025, inicia o projeto flerte, de circulação e curadoria de arte cearense. inicia pós-graduação em Curadoria, Museologia e Gestão de Exposições (Estácio), e participa de formações em Prática e Pesquisa Curatorial (MASP), e cores na Joules & Joules.
em 2024, participa das exposições coletivas "O Nordeste não é só um lugar", na Casa Gabriel Arte (São Paulo/SP), com curadoria de Felipe Barros de Brito; "Vórtex", na OMA Galeria (São Paulo/SP), com curadoria de Lucas Dilacerda; "Novena: o sagrado e o profano", na Galeria Leonardo Leal (Fortaleza/CE). também participa da SP-Arte Rotas Brasileiras através da galeria Claraboia (SP). também lança a colab a passo, com exposição de série de pinturas de mesmo nome, com a marca cearense the-morais.
em 2024, em breve residência em Barcelona, frequenta o curso de pintura da Barcelona Academy of Arts, e faz incursões em litogravura no La Maldita Estampa, e em fotogravura no Taller de Grabado Manera Negra.

fotografia de Bruna Valença, 2023
em 2023, em residência em São Paulo (SP), participa de formações em pintura, gravura e teoria da arte em espaços e instituições como Instituto Tomie Ohtake, Ateliê Piratininga, MASP, ateliê Apolo Torres, e Cozinha da Pintura. desde 2023, participa do Grupo de Orientação Artística com Thiago Honório e Ana Paula Cohen.
também em 2023, desenvolveu o projeto "Na língua dos gestos", em colaboração com Carlos Penna, cujo lançamento contou com texto crítico de Carollina Lauriano. participou do Salão Sobral de Artes Visuais (Sobral/CE), da 1mpressa: o Centro de Fortaleza (Ateliê de Impressos / Sobrado José Lourenço, CE), e do Festival Concreto 2023. quanto a exposições coletivas, esteve na Sindicato de Artista, pela Germinadora de Arte Argyridis (São Paulo/SP), e na I Exposição Pequenos Formatos, pela Oposta Espaço Inventivo (Limeira/SP).
em dezembro de 2022, realizou sua primeira exposição individual, "aberturas_ cedo demais" com curadoria de Levi Banida.
em outras exposições coletivas, esteve na Manas, Minas e Monas (Bruta Flor/Mercúrio, 2021), na Arte em Tempos de Covid-19 (MAUC/UFC, 2020) e na Os Pensamentos do Coração (Casa Absurda, 2019).
participação no podcast
Os Nordestinos pelo Mundo
(2023)
participação no podcast
Que Nem Tu | Diáriáo do Nordeste
(2023)
no trabalho com ilustração, destacam-se: a capa do livro "Nomadismo urbano: performance e cartografia" (2025), de Eduardo Bruno (Imaginários Urbanos); a capa do livro "Fio que não parte" (2024), de Glória Diógenes (editora Substânsia); o livro "A escrita descoberta num caldeirão e um grande sertão, memórias" (2023), de Maria Gabriela Sá Lima; capa de "O espaço entre nós" (2022), de Jéssica Lima/Editora Libertinagem; ilustração para ebook "Contos e recontos do Ceará" (2021), de Rafaela Diógenes e Ana Luiza Rios; co-organização e ilustração da publicação "Escritas em pandemia" (@escritasempandemia) (2020).
no muralismo, participou de algumas edições do Festival Concreto (2019, 2022, 2023); do Festival Imaginários Urbanos, com a performance "risco_rua_risca"; do Festival Jacugraffiti, do Festival Cores, do Mais que Rosa, além de murais em mutirões, ocupações e na Cozinha Solidária do MTST em Fortaleza.
o envolvimento com a área das artes visuais também se indica pelas atividades formativas realizadas ao longo dos últimos anos. com o Narrativas Possíveis, idealizou e conduziu oficinas relacionadas a arte e cidade, além de ter participado de diversos eventos, aulas, palestras e mesas-redondas. o interesse no ensino tem se manifestado também no desenvolvimento de cursos livros e oficinas: em 2021, ministrou o curso “Cidades possíveis: percursos, imagens e escritas urbanas”, pela Imaginários Arte, e, em 2022, ministrou a oficina "As cidades das mulheres: percorrer riscar lamber Fortalezas", em unidades da Rede Cuca na cidade.
ao longo dos últimos anos, tem construído uma trajetória de formação, trabalho e engajamento poético e político que atravessa diversos espaços. além de atualmente frequentar ateliês de pintura e gravura de artistas de Fortaleza, passou por formações livres em instituições como Amplitude Escola de Arte Urbana (CE), Porto Iracema das Artes (CE), Laboratório de Artes e Micropolíticas Urbanas (LAMUR/UFC), Biblioteca Pública Estadual do Ceará (CE), Sem Título Arte (CE), Caixa Cultural Fortaleza (CE), A Casa Tombada (SP), Adelina Instituto (SP), B_arco (SP), MAM (SP), Unifor (CE), Laboratório de Arte Contemporânea (LAC/UFC), Laboratório das Artes e das Juventudes (LAJUS/UFC), PUC (RJ), Instituto Pólis, Estúdio Daniel Brandão (CE), Impressão Tropical Escola de Artes Gráficas (CE).
a escrita — da escrita "científica" à poesia — marca essa trajetória.
além da produção acadêmica, durante o ano de 2021 colaborou para o site Bemdito, escrevendo crônicas sobre temas diversos: do desenho ao léxico do luto, passando pelo gesto do vestir-se. participou da antologia de poesia Travessia, da editora Libertinagem (2022). autora do capítulo “Folegar. Tomar fôlego. Respirar toma tempo”, no catálogo Fôlego (2020). coautora do capítulo “Cidades utópicas, Cidades possíveis” (2021), no livro Imaginários Urbanos. coautora do capítulo "Ir em direção à outra: cartas-diário, desenhos e deslocamentos", no livro Escrita Cobogó (PPGART, 2024).

fotografia de Jorge Silvestre, 2022




fotografias de Silas Costa, Isabele Andrade, Barbara Freitas e Viggo Muvi, 2021